“O Pecado e suas consequências para o homem e a criação de Deus.”
2ª Semana: O Pecado – Parte 1
Por Pr. Glayson Santos, 26-fev-2012. Fortaleza-Ce.
A doutrina do pecado (hamartiologia, do grego hamartia=erro, pecado + logos=estudo) é o estudo do pecado, suas origens e consequências. Esta doutrina tão importante e mal compreendida por muitos, inclusive cristãos professos, é extensa nas páginas das Escrituras, pois domina grande parte dela, desde Gn 3.6 até Ap 20.15. Qual a origem do mal no mundo? Em particular o mal moral?.
Em primeiro lugar devemos observar que Deus é um ser “Bom” (Lc 18.19), sendo assim Ele não produz o mal, nem tão pouco é tentado pelo mal e a ninguém tenta (Tg 1.13), ou seja, Ele não é apenas bom no sentido da palavra, más faz parte da sua natureza divina ser bom, pois Ele (Deus) é a bondade de fato e em realidade, bem como todo ato bom tem sua origem Nele (Jo 15.5;Tg 1.17), sendo assim, estabelece-se que toda ação boa presente no universo, embora muitas vezes sejam praticadas por criaturas morais (homens) e de forma voluntária (livre-arbítrio) e consciente, na verdade são apenas reflexos da bondade de Deus presente nestes agentes; conclui-se então que todo homem é sempre devedor a Deus, pois não possui bondade própria (inata).
Estabelecido isso, que Deus é “Bom” e que toda bondade presente na vida humana, vem Dele, somente, e que Ele não é a causa e nem agente do mal. De onde então, procede o mal ? Tão presente na experiência humana e verificada crua, amarga e claramente na realidade que nos cerca nos noticiários diários na Tv, jornais, rádios, Internet e outras mídias. Já que não se pode negar a presença daquilo que chamamos de mal no nosso meio.
È preciso recorrer às escrituras para este fim, tentar compreender até onde nos é possível qual a origem do mal. A resposta bíblica esclarece antes de tudo que tudo o que Deus criou foi declarado bom. No 1º dia Deus criou a luz e disse: que ela era boa (Gn 1.3,4); no 2º dia criou os céus, as aguas e os continentes e disse: que eram bons (Gn 1.6-10); 3º dia criou toda a parte vegetal do planeta e declarou boa (Gn 1.11-12); no 4º dia criou as estrelas, planetas e todo o universo, e os declarou também como bons (Gn 13-19); no 5º dia criou toda a vida animal: os animais marinhos, as aves do céu e os animais terrestres, sendo declarados bons (Gn 1.20-25), e por fim criou no 6º dia o homem, obra máxima da sua criação, o qual deveria expressar de forma singular sua glória e majestade (Ef 1.12;Rm 9.23; Is 43.7) e declarou o homem juntamente com toda a criação como bons “E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom (Gn 2.31a)”. Deus abençoou tudo que Ele criou (Gn 1.22;28), demonstrando que estava contente com toda a sua criação que correspondia exatamente aos seus propósitos divinos, ou seja, glorificar a Sua pessoa Santíssima.
Os anjos anteriores à criação do homem, dotados de livre vontade foram criados bons por Deus e para manifestarem a sua glória (Jo 38.7;Hb 1.7,14). Contudo, a Bíblia declara que um desses anjos (Lúcifer, literalmente “portador da luz”), um Querubim ungido por Deus, rebelou-se contra seu criador amoroso (Deus), veja em Ez 28. 12c-19, tornando-se aquele que hoje conhecemos como o Diabo, acusador, caluniador (Ap 12.10).
Há propósito quando você mente (Jo 8.44) ou difama (calunia) alguém, de quem você estar se fazendo filho ?. Continua no próximo artigo!
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